IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA E DO CONSUMO DE CÁLCIO

Resumo

Alterações fisiológicas, próprias do envelhecimento, doenças crônicas, fatores relacionados à condição socioeconômica, familiar e hábito/consumo alimentar propiciam uma maior suscetibilidade ao estado nutricional dos idosos. Sendo assim, o objetivo do estudo foi analisar aspectos nutricionais de idosos praticantes de atividades físicas atendidos em uma clínica integrada de saúde em São Paulo. Foram avaliados 59 idosos de ambos os sexos, quanto aos dados antropométricos e o consumo alimentar por meio de recordatório de 24 horas e questionário de frequência alimentar dirigidos para ingestão de cálcio. Associou-se os valores medianos de consumo de cálcio, segundo estado nutricional (teste Mann-Whitney─U). Observou-se que a idade média dos idosos foi de 67,78 anos (dp=5,37), IMC de 28,62 kg/m² (dp=4,47). Excesso de peso em 61% dos idosos e risco para síndrome metabólica e doenças cardiovasculares em 88,1% dos participantes. O consumo de leite integral foi maior entre os idosos (p<0,001). O consumo mediano de hortaliças foi maior entre idosas comparado aos idosos (p<0,014). O consumo mediano da porção de cálcio, proveniente de alimentos fontes, foi de 5,34 para idosos e 7,5 para idosas (p<0,081). O consumo de leite e derivados entre os idosos está abaixo do recomendado, pois apenas 15,3% consumiam diariamente leite integral, requeijão, ricota ou queijo branco. O consumo de cálcio está abaixo das recomendações, tanto para eutróficos (95,7%) como para indivíduos com sobrepeso (94,4%). Considerando o estado nutricional e consumo de cálcio aquém do recomendado, há a necessidade de educação alimentar e nutricional, incentivando uma maior ingestão de alimentos fontes de cálcio