EFEITOS DO HIPOTIREOIDISMO SOBRE A REPARAÇÃO TECIDUAL

Autores

  • Lázaro Pinto Medeiros Neto
  • Airton Abrahao Martin Doutor em Física, Universidade Brasil e Universidade Federal Piaui, Depart Física, PI.
  • Emília Angela Loschiavo Arisawa Universidade do Vale do Paraíba/Faculdade de Ciências da Saúde

Palavras-chave:

Hipotireoidismo, reparação tecidual, hormônios tireoidianos, T3.

Resumo

O hipotireoidismo, doença caracterizada pela alteração na produção dos hormônios tireoidianos pode interferir no processo de reparação tecidual em diversos órgãos e tecidos. Isso ocorre, uma vez que os hormônios triiodotironina (T3), tiroxina (T4) e tireotrofina (TSH) agem diretamente no metabolismo celular, regulando processos de geração de energia, síntese proteica, o que afeta diretamente a proliferação e sobrevivência celular. Desta forma, o objetivo deste estudo foi relacionar os principais efeitos do hipotireoidismo sobre o processo de reparação tecidual em diversos órgãos e tecidos. Foi realizada busca por artigos nas plataformas de pesquisa PubMed, Scielo e Portal CAPES, com os termos hipotireoidismo, reparação tecidual, hypothyroidism e tissue repair, com data de publicação a partir de 2008. Dos 35 artigos encontrados, 14 foram selecionados por se enquadrarem no tema proposto. O hipotireoidismo, classificado como doença sistêmica, age de forma ampla sobre diversos tecidos de nosso corpo, afetando diretamente o processo de reparo tecidual, dificultando o fechamento da ferida, o processo de regeneração celular, a reperfusão tecidual, apresentando dificuldade na formação do tecido de granulação, entre outros prejuízos, como a diminuição da quantidade de colágeno no local da lesão além de diminuir a capacidade de mineralização óssea. Portanto, é muito importante que a terapia para reposição destes hormônios em pacientes com hipotireoidismo seja realizada de forma eficaz, evitando efeitos deletérios sobre o organismo.

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Biografia do Autor

Lázaro Pinto Medeiros Neto

Bacharel em Biomedicina (2008) com bolsa iniciação científica concedida pela FAPEMIG e especialista em Saúde Pública (2010) pelo Centro Universitário do Sul de Minas, mestre (2014) e doutor (2017) em Engenharia Biomédica pela Universidade do Vale do Paraíba, como bolsista CAPES. Atualmente, como pós-doutorando em Engenharia Biomédica na Universidade Brasil, desenvolvo um projeto com espectroscopia Raman na identificação de cancer in vivo, dando sequência ao estudo iniciado durante o doutorado, onde foi analisado diversos tipos de estruturas cervicais e lesões na glândula tireoide in vivo.

Airton Abrahao Martin, Doutor em Física, Universidade Brasil e Universidade Federal Piaui, Depart Física, PI.

Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Londrina (1985), mestrado em Física pela Universidade de São Paulo (1988), mestrado em Ciências pela University of Toronto - Canada (1991), doutorado em Física - University of Toronto e UNICAMP (1995) e pós-doutorado pelo Instituto Max Planck for Festokoperforschung - Stuttgart (1996-1999). Coordenador do Laboratório de Espectroscopia Vibracional Biomédica e DermoPROBES- Pesquisa, Inovação e Desenvolvimentos, Coordenou o curso de Graduação em Engenharia Biomédica de 2000-2004, Coordenou o Programa de Pós Graduação em Eng. Biomédica de 2012-2016. Atua como consultor ad hoc de várias agências de fomentos (FAPESP, CNPq, CAPES, FAPEMAT-MT), assim como do Ministério da Saúde, FINEP e Universidad Nacional de Colombia. Membro da Sociedade Brasileira de Física desde 1981, Membro da SPIE - USA desde 2001, Membro da Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica desde 2009. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Espectroscopia Raman, atuando principalmente nos seguintes temas: Espectroscopia Raman Dispersiva e com Transformada de Fourier (FT-Raman) no estudo de tecidos biológicos, Diagnóstico de câncer não invasivo por biópsia óptica, Estudo dos processos de envelhecimento cutâneo por espectroscopia Raman confocal, Estudo de permeação e modulação bioquímica de cosméticos na pele humana, Estudo de micro organismos por FTIR e Raman, fluorescência de Raios-X e dentística.

Emília Angela Loschiavo Arisawa, Universidade do Vale do Paraíba/Faculdade de Ciências da Saúde

Graduada em Ciências Biológicas, Modalidade Médica pela Universidade de São Paulo (Campus Ribeirão Preto), Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (Campus Ribeirão Preto) e Doutora em Biopatologia Bucal pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Campus São José dos Campos). Coordenou o curso de Odontologia da Faculdade de Ciências da Saúde da Univap e foi idealizadora e coordenadora do Curso de Biomedicina, criado em 2006 nessa Universidade. Em parceria da Univap com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) coordenou o Curso de Especialização em Saúde da Família. Atua como docente nas disciplinas de Histologia Humana Geral e dos Sistemas e Patologia Geral. Como pesquisadora, desenvolve estudos sobre o processo de reparo tecidual, suas complicações e protocolos de tratamento que acelerem esse processo, incluindo terapia a laser de baixa intensidade, fármacos, fitoterápicos e a aplicação da membrana amniótica humana. Atua ainda na área de diagnóstico de alterações teciduais bucais e caracterização de tecidos vivos por espectroscopia Raman. Eleita representante dos docentes da Univap, tem assento nos principais conselhos universitários e é a atual Diretora da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade do Vale do Paraíba.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/8023297225898285/

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Publicado

2017-12-18

Como Citar

Medeiros Neto, L. P., Martin, A. A., & Arisawa, E. A. L. (2017). EFEITOS DO HIPOTIREOIDISMO SOBRE A REPARAÇÃO TECIDUAL. Revista Univap, 23(43), 85–101. Recuperado de https://revista.univap.br/index.php/revistaunivap/article/view/1780

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