ENSINO DE HISTÓRIA INDÍGENA

O QUE SE TEM PRODUZIDO E DISCUTIDO A RESPEITO NO BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18066/revistaunivap.v30i65.4489

Palavras-chave:

Lei 11.645, Ensino, História Indígena

Resumo

O ensino da história dos povos indígenas é uma questão fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Sua inserção na legislação advém da modificação da Lei anterior, que contemplava o ensino de História africana e afro-brasileira, conforme a Lei 11.645, de 2008. O objetivo é apresentar o que se tem produzido e discutido a respeito da História indígena no Brasil, por intermédio do levantamento e análise de publicações que contemplam os descritores Lei 11.645 e indígenas. É possível apontar que as produções reconhecem a legislação como um compromisso com a preservação da memória e da identidade dos povos indígenas e que há possibilidade de uma educação intercultural. No entanto, indicam também os limites da aplicação da Lei, uma vez que ainda existem visões estereotipadas e tratamento esporádico da temática, e geralmente advinda da iniciativa individual de professores

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mírian Cristina de Moura Garrido, Universidade de Taubaté/Professora Visitante

Pós-doutora em História pela Universidade Federal de São Paulo, Doutora em História pela Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", Mestra em História pela mesma instituição. Atua como professora Visitante no Mestrado em Desenvolvimento Humano da Universidade de Taubaté e professora de ensino médio na unidade Etec Santa Isabel (CPS). A pesquisadora usufruiu de quatro meses de Estágio de Pesquisa na Universidade de Pittsburgh (Estados Unidos), cujo projeto está relacionado às trajetórias de afrodescendentes no Brasil e nos Estados Unidos. Realizou, também, Pesquisa de Campo em Maputo (Moçambique). Tese, Estágio no Exterior, Trabalho de Campo e Dissertação desenvolvidos com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Participa do grupo de estudos da Unifesp "Religiões e trajetórias das experiências missionárias em África: arquivos, acervos e pesquisas" e do " Núcleo Interdisciplinar de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros", da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (ambos registrados no CNPq), eleita vice-coordenadora do Grupo de Trabalho de História da África (ANPUH-SP), biênio 2018-2020. Atua principalmente nos seguintes temas: afrodescendentes, identidade, movimento negro, políticas publicas, escritas de si, livro didático, pós-abolição, história e cultura afro-brasileira, e Moçambique.

Larissa Rocha, Universidade de Taubaté/Mestranda

Licenciada em História e Mestranda em Desenvolvimento Humano, ambos na Universidade de Taubaté, desenvolve pesquisas e projetos de extensão no campo da história afro-brasileira, indígena e local.

Isabella Cesar, Universidade de Taubaté

Graduanda Licenciatura História na Universidade de Taubaté, bolsista PIBIC-CNPq. Desenvolve pesquisa sobre História afro-brasileira, africana e materiais didáticos.

Anna Romancene

Graduanda Licenciatura História na Universidade de Taubaté, bolsista PIBIC-UNITAU. Desenvolve pesquisa sobre História afro-brasileira, africana e materiais didáticos.

Referências

Alves, Maurício Martins (1998). Caminhos da pobreza: A manutenção da diferença em Taubaté (1860-1729). Prefeitura Municipal de Taubaté.

Ângelo, F. N. P. D. (2019). Os dez anos da Lei nº 11.645/2008: avanços e desafios. Cadernos Cedes, 39, 357-378. https://doi.org/10.1590/CC0101-32622019216733

Barros, C. D. O. (2018). Indiossincrasias Guarani Mbya: A identidade, a escola e o audiovisual. [Dissertação de Mestrado], Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Bittencourt, C. M. F., & Bergamaschi, M. A. (2011). Apresentação - Dossiê Ensino de História Indígena. Revista História Hoje, 1(2), 13–19. https://doi.org/10.20949/rhhj.v1i2.38.

Bittencourt, C. M. F. (1993). Livro didático e conhecimento histórico: uma história do saber escolar. [Tese de Doutorado], Universidade de São Paulo.

Silva Filho, E. G. (2019). A nova história indígena: um olhar atemporal. Manduarisawa, 3(01), 23-35.

De Almeida, F. R. (2021). A anatomia de uma interdição: narrativas, apagamentos e silenciamentos na construção da BNCC de História. [Tese de Doutorado], Universidade Federal de Juiz de Fora.

Diretrizes Operacionais para a implementação da história e das culturas dos povos indígenas na Educação Básica. Disponível em: https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/pdf/CNE_PAR_CNECEBN142015.pdf.

Lei 11.645, de 10 de março de 2008. (2008, 11 março). Altera a Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm.

Lima, J. F. (2016). O indígena no livro didático: possibilidades e desafios no uso da linguagem imagética no ensino de História. [Dissertação de Mestrado Profissional], Universidade Federal do Tocantins.

Lopes, D. P. J. D. S. (2016). A lei n° 11.645/08 e a inclusão obrigatória da história e cultura indígena no currículo oficial: emergências e ausências no município de Marcação-Paraíba. [Tese de Doutorado], Universidade Federal da Paraíba.

Marconatto, M. R. (2022). Saberes necessários à compreensão e implementação da Lei n⁰ 11.645/08 no contexto da educação pública municipal de São Pedro do Sul. [Dissertação de Mestrado], Universidade Federal de Santa Maria.

Marinho, G. M. D. S. (2014). Inclusão obrigatória da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena no currículo oficial: vozes e tensões no projeto curricular do estado de Pernambuco. [Dissertação de Mestrado], Universidade Federal da Paraíba.

Meireles, L. B. (2021). Oficina de cerâmica: um caminho para potencializar o ensino da história e a cultura indígena. [Dissertação de Mestrado], Universidade Federal de Santa Maria.

Russo, K., & Paladino, M. (2016). A lei n. 11.645 e a visão dos professores do Rio de Janeiro sobre a temática indígena na escola. Revista Brasileira de Educação, 21(67), 897-921. https://doi.org/10.1590/S1413-24782016216746

Santos, B. D. S. (2007). Renovar a Teoria Crítica e Reinventar a Emancipação Social. Boitempo.

Santos, B. D. S. (2006). A gramática do tempo (2.ed.). Cortez.

Santos, B. D. S. (2010). Reconhecer para Libertar: os caminhos do cosmopolitismo intercultural (2.ed.). Civilização Brasileira.

Santos, B. D. S. (2011). Por um novo senso comum: a ciência, o direito e a política de transição paradigmática (8.ed.). Cortez.

Santos, M. A. R., dos Santos, C. A. F., Serique, N. P., & Lima, R. R. (2020). Estado da arte: aspectos históricos e fundamentos teórico-metodológicos. Revista Pesquisa Qualitativa, 8(17), 202-220.

Silva, T. T. (2016). Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Autêntica.

Silveira, T. E. S. D. (2016). Identidades (in) visíveis: indígenas em contexto urbano e o ensino de história na região metropolitana do Rio de Janeiro. [Dissertação de Mestrado], Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Siqueira, A. J. F. (2019). Entre penas e flechas: representações da temática indígena em livros diáticos de históriaa partir da lei nº 11.645/08. [Dissertação de Mestrado], Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

Vasconcelos, M. M. D. S. (2017). Povos indígenas na Paraíba: prescrições legais e representações nos materiais didáticos da história local para o ensino fundamental (1996-2015). [Dissertação de Mestrado], Universidade Federal da Paraíba.

Walsh, C. (2001). La interculturalidad en la educación. DINEBI.

Wittmann, L. T. (2015). Ensino (d) e história indígena. Autêntica.

Downloads

Publicado

2024-03-25

Como Citar

Moura Garrido, M. C. de, Oliveira Casemiro da Rocha, L., Cesar dos Santos, I. C. ., & Romancene Dias da Silva , A. (2024). ENSINO DE HISTÓRIA INDÍGENA: O QUE SE TEM PRODUZIDO E DISCUTIDO A RESPEITO NO BRASIL. Revista Univap, 30(65). https://doi.org/10.18066/revistaunivap.v30i65.4489

Edição

Seção

Ciências Humanas