AUTOMEDICAÇÃO EM CRIANÇAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE APARECIDA D’OESTE, SÃO PAULO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18066/revistaunivap.v27i55.2548

Palavras-chave:

Fármacos, pediatria, uso de medicamentos.

Resumo

A automedicação é um hábito comum no Brasil, mesmo sendo considerada uma prática nociva à saúde, sobretudo de crianças. O objetivo neste projeto foi avaliar a automedicação de crianças em idade pré-escolar no município de Aparecida d’Oeste –SP. Para isso, foram realizadas entrevistas por meio da aplicação de questionários a 100 pais ou responsáveis por crianças de 0 a 5 anos. Os dados obtidos foram analisados com uso de estatística descritiva. A maioria dos entrevistados foram mães, com média de idade de 32 anos, e 93% declararam realizar automedicação infantil, mesmo 72,8% considerando a automedicação prejudicial à saúde da criança. Os medicamentos citados mais utilizados foram paracetamol e dipirona. Após realizar automedicação infantil, 5% relataram o aparecimento de alergias. Depois de automedicar a criança, 53,1% dos entrevistados relataram levá-la a consultas médicas apenas quando não há apresentação de melhora dos sintomas. Dentre os principais motivos de automedicar, o principal citado estava relacionado com a tentativa de alcançar o alívio de sintomas. Dentre os participantes, 92,6% buscam informações sobre os medicamentos com o farmacêutico, bulas, internet, parentes ou analisam prescrições anteriores. A taxa de automedicação infantil foi elevada, sendo as mães as principais responsáveis por meio do uso de antitérmicos. Fatores que influenciaram a prática estão relacionados à falsa impressão de que os sintomas são simples e que os medicamentos utilizados não apresentam riscos à saúde das crianças. Desta forma, a atenção farmacêutica aliada a ações educativas voltadas à população tornam-se uma ferramenta extremamente importante para o uso racional de medicamentos.

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Biografia do Autor

Fernando Aucco Marim, Universidade Brasil

Atualmente trabalhando na empresa Farma Drogas em Aparecida dOeste-SP, como balconista em farmácia. Cursou Farmácia na instituição de ensino Universidade Brasil (2016-2021), campus de Fernandópolis. Experiência na área de Farmácia, com ênfase em drogaria. Aluno integrante do grupo de pesquisa Saúde Única em Foco da Universidade Brasil. Possui espanhol básico.

Drielle Thainara Perez Paschoa, Universidade Brasil

Cursou Farmácia na instituição de ensino Universidade Brasil (2016-2021), campus de Fernandópolis. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Manipulação, além de trabalhos publicados nas áreas de Saúde Pública e Atenção e Assistência Farmacêutica. Aluna integrante do grupo de pesquisa Saúde Única em Foco da Universidade Brasil. Possui inglês intermediário.

Danila Fernanda Rodrigues Frias, Universidade Brasil

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Brasil, Mestrado e Doutorado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho ? UNESP/Jaboticabal, Pós-doutorado em Sanidade Animal. Atualmente é Professora Titular e Pesquisadora da Universidade Brasil, Campus Fernandópolis, São Paulo no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Ambientais e em diversos cursos de graduação da área da saúde. É líder do grupo de Pesquisa Saúde Única em Foco junto ao CNPq, e coordenadora dos projetos de extensão VetInforma, SanEduca e QualiEnsina da Universidade Brasil. É membro do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) com seres humanos, Comissão do Programa Institucional de Iniciação Científica e Tecnológica, Comissão de Trabalhos Acadêmicos, Dissertações e Teses da Universidade Brasil e da Comissão de Periódicos da Universidade Brasil. Tem experiência na área de Medicina Veterinária e Ciências Ambientais, com ênfase em Saúde Única, Medicina Veterinária Preventiva, Saúde Pública, Epidemiologia, Microbiologia, Qualidade de alimentos e água, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos.

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Publicado

2021-10-26

Como Citar

Marim, F. A., Paschoa, D. T. P., & Frias, D. F. R. (2021). AUTOMEDICAÇÃO EM CRIANÇAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE APARECIDA D’OESTE, SÃO PAULO. Revista Univap, 27(55). https://doi.org/10.18066/revistaunivap.v27i55.2548

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