DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DE INTERNAÇÕES POR DENGUE NO BRASIL DE 2008 A 2020


SPATIAL AND TEMPORAL DISTRIBUTION OF HOSPITALIZATIONS BY DENGUE IN BRAZIL FROM 2008 TO 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18066/revistaunivap.v29i62.4379

Resumo

A dengue é uma doença infecciosa tropical transmitida através da picada de mosquitos fêmeas do gênero Aedes, sendo uma das arboviroses mais comuns do mundo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a frequência do número de internações correspondentes a casos de dengue no Brasil dentre os anos de 2008 e 2020, comparando as incidências por mês, ano, estados e regiões do Brasil. Foram utilizados dados de internações por dengue das 26 Unidades Federativas do Brasil e o Distrito Federal, sendo estes dados obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Investigando casos ao longo dos anos, foi registrado 2010 com muitos casos (275,87 ± 20,01) e 2018 com o menor número de casos (52,59 ± 5,23). Os dados estaduais diferem bastante, destacando-se a Bahia (596,63 ± 48,41) com maior número de casos. Há predomínio de internações durante o primeiro semestre nos estados brasileiros e a região do Brasil com maior número de internações foi o Sudeste (281,67 ± 18,72), e a de menor, o Sul (66,18 ± 9,22). Concluindo, não há uma forte tendência de aumento ou diminuição de casos ao longo dos anos, meses após o período de chuvas registraram maior número de casos e regiões mais quentes tiveram mais casos e mais frias menos registros

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Erika Maria de Camargo Pereira, Universidade de Taubaté

Graduada em Ciências Biológicas - Licenciatura pela Universidade de Taubaté e Técnica em Segurança do Trabalho, pelo Centro Paula Souza. Atualmente bolsista no projeto de extensão" Mundo Macro em Foco" pelo NUGEC. Objetivo: Colaborar com o ambiente de trabalho e aprendizado, onde possa colocar em prática minhas habilidades e atitudes, objetivando geração de resultados e crescimento profissional.

Denis Giovane de Oliveira, Universidade de Taubaté

Graduado em Ciências Biológicas - Licenciatura pela Universidade de Taubaté. Graduando em Ciências Biológicas - Bacharelado pela Universidade de Taubaté. Atualmente monitor voluntário da disciplina de Histologia no curso de Medicina da Universidade de Taubaté. Atualmente bolsista do Projeto de Extensão "Controle ambiental e prevenção de doenças na infância: acidentes escorpiônicos e arboviroses" da Universidade de Taubaté. Foi residente no programa Residência Pedagógica (2020-2022). Foi bolsista no Projeto de Extensão "Prevenção de Parasitoses" pelo NUGEC (2020-2020). Foi bolsista do PIBID/CAPES (2018-2019). Foi monitor voluntário no laboratório de Anatomia Humana do IBB e no Museu Didático do Corpo Humano da Universidade de Taubaté (2019-2019). Diretor de Comunicação do Diretório Acadêmico Marcos Durval Guimarães Ferri do Departamento de Biologia da Universidade de Taubaté (2020-2022).

Julio César Voltolini, Universidade de Taubaté

Doutor em Biologia Vegetal (predação e dispersão de sementes) na UNESP, Mestre em Zoologia (Ecologia de Mamíferos) pela Universidade de São Paulo (USP) e Biólogo pela UFSC. Professor concursado pela Universidade de Taubaté onde leciona Ecologia, Práticas Pedagógicas em Ecologia, Bioestatística e Evolução. Coordenador do Grupo de Pesquisa e Ensino em Biologia da Conservação (ECOTROP - CNPq). Atuou como professor convidado da UNESP de Botucatu ministrando disciplinas de pós-graduação, cursos de Estatística e Ecologia de Campo na UNICAMP, USP, UFMS, UNESP, UFPA, UFMT, UFES e UFC. Atuou como professor convidado e bolsista da CAPES no Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) na Bahia. Professor convidado do Programa de Doutorado do Instituto Gulbenkian (Africa). Ex Editor Chefe da Revista Biociências e da Brazilian Journal of Ecology. Presta serviços de assessoria em delineamento experimental e análise estatística. Ministra cursos de Ecologia de Campo e Estatística. Atuou como professor universitário na FURB (Blumenau, SC) e na UFSC (Florianópolis, SC). Professor colaborador no Instituto Juruá (Amazônia) com cursos de campo para alunos de escolas nas comunidades ribeirinhas. Áreas de interesse: Biologia da Conservação, Ecologia, Estatística, Ensino de Biologia e Estatística através de cursos de campo para ensino fundamental e médio em escolas públicas (Projeto Jovem Pesquisador)

Mariana Peixoto de Castro, Universidade de Taubaté

Graduada em Ciências Biológicas.

Referências

Barros, D. M. S., Morais, P. S. G., Paiva, J. C., Lima, J. R. F., & Silav, J. L. R. (2014). Observatório nacional da dengue - sistema para monitoramento de casos de dengue. Revista Brasileira de Inovação Tecnológica em Saúde, 3(4), 1-14.

Barth, O. M. (2000). Atlas of dengue viruses morphology and morphogenesis. Imprinta Express Ltda.

Brady, O. J., Gething, P. W., Bhatt, S., Messina, J. P., Brownstein, J. S., Hoen, A. G., Moyes, C. L., Farlow, A. W., Scott, T. W., & Hay, S. I. (2012). Refining the global spatial limits of dengue virus transmission by evidence-based consensus. Plos Neglected Tropical Diseases, 6(8), e1760.

Ministério da Saúde. (2021). Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Brasília. Recuperado de http://www.datasus.gov.br.

Câmara, F. P., Theóphilo, R. L. G., & Santos, G. T. (2007). Estudo retrospectivo (histórico) da dengue no Brasil: características regionais e dinâmicas. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 40(2), 192-196.

Claro, L. B. L., Tomassini, H. C. B., & Rosa, M. L. G. (2004). Prevenção e controle do dengue: uma revisão de estudos sobre conhecimentos, crenças e práticas da população. Cadernos de Saúde Pública, 20(6), 1447-1457.

Consoli, R. A., & Oliveira, R. L. D. (1994). Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil. Editora Fiocruz.

Correia,T. C., Flausino, V. de O., Figueiredo, L. L., Ferreira, T. V. dos S., Rabelo, T. V., Coelho, T. D. F., Abreu, A. C. C. e, & Prince, K. A. de. (2019). Prevalência de dengue clássica e dengue hemorrágica no Brasil, entre 2011 e 2015. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (22), e753.

Duarte, H. H. P., & França, E. B. (2006). Qualidade dos dados da vigilância epidemiológica da dengue em Belo Horizonte, MG. Revista de Saúde Pública, 40(1). 134-142.

Fantinati, A. M. M., Santos, A. C. A. dos S., Inumaru, S. S., Valério, V. T. D., & Fantinati, M. S. (2013). Perfil epidemiológico e demográfico dos casos de dengue na região central de Goiânia, Goiás: de 2008 a março de 2013. Tempus - Actas De Saúde Coletiva, 7(2), 107-119.

Flauzino, R. F., Souza-Santos, R., & Oliveira, R. M. (2009). Dengue, geoprocessamento e indicadores socioeconômicos e ambientais: um estudo de revisão. Revista Panamericana de Salud Pública, 25(5), 456-461.

Freitas, B. S., Lima, L. S., Gomes, A. C. S., Peres, L. V., & Silva, A.S. (2021). Análise da associação entre variáveis meteorológicas e as internações por dengue no município de Rio Branco/AC. Revista de Geociências do Nordeste, 7(2), 162-171.

Grange, L., Simon-Loriere, E., Sakuntabhai, A., Gresh, L., Paul, R., & Harris, E. (2014). Epidemiological Risk Factors Associated with High Global Frequency of Inapparent Dengue Virus Infections. Frontiers In Immunology, (5), 1-10.

Guzman, M. G., Halstead, S. B., Artsob, H., Buchy, P., Farrar, J., Gubler, D. J., Hunsperger, E., Kroeger, A., Margolis, H. S., & Martínez, E. (2010). Dengue: a continuing global threat. Nature Reviews Microbiology, 8(12), 7-16.

Hasan, S., Jamdar, S., Alalowi, M., & Beaiji, S. Al A. Al. (2016). Dengue virus: a global human threat. Journal of International Society of Preventive and Community Dentistry, 6(1), 1-6.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). Censo demogáfico. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9662-censo-demografico-2010.

Kramer, I. M., Pfenninger, M., Feldmeyer, B., Dhimal, M., Gautam, I., Shreshta, P., Baral, S., Phuyal, P., Hartke, J., & Magdeburg, A. (2023). Genomic profiling of climate adaptation in Aedes aegypti along an altitudinal gradient in Nepal indicates non-gradual expansion of the disease vector. Molecular Ecology, (32), 350-368.

Messina, J. P., Brady, O. J., Scott, T. W., Zou, C., Pigott, D. M., Duda, K. A., Bhatt, S., Katzelnick, L., Howes, R. E., & Battle, K. E. (2014). Global spread of dengue virus types: mapping the 70 year history. Trends In Microbiology, 22(3), 138-146.

Nascimento, L. B., Oliveira, P., S., Magalhães, D. P., França, D. D. S., Magalhães, A. L. Á., Silva, J. B., Silva, F. P. A., & Lima, D. M. (2015). Caracterização dos casos suspeitos de dengue internados na capital do estado de Goiás em 2013: período de grande epidemia. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(3), 475-484.

Oliveira, D. L., Silva, Y. S., Naves, J. S., Melo Jr., G., Gonçalves, P. H. D., Silva, B. C. R., Furriel, G. P., & Silva, J. R. (2020). Custo das internações por dengue no estado de Goiás, no período de 2016 a 2018. Brazilian Journal of Development, 6(5). 30695-30697.

Oliveira, E. F. Jr. (2013). Internações por dengue nas cinco cidades de maior população da Bahia no período 2008 – 2012 (Monografia). Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, Bahia.

Oliveira, R. M., Oliveira, L. R. M. (2019). Epidemiologia da dengue: análise em diversas regiões do Brasil. EsSEX: Revista Científica, 2(2), 32-44.

Organização Pan-Americana da Saúde (2009). Mudança climática e saúde: um perfil do Brasil. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/mudanca_climatica_saude.pdf

Osanai, C. H., Rosa, A. P., Tang, A. T., Amaral, R. S., Passos, A. D., & Tauil, P. L. (1983). Surto de dengue em Boa Vista, Roraima. Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 25(1), 53-54.

Pereira, M. G. (2016). O clima tropical e a dengue: uma análise como subsídio para gestão ambiental municipal. [Dissertação de Mestrado]. Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil.

Re, D. D., Montecino-Latorre, D., Vanwambeke, S. O., & Marcantonio, M. (2020). Assessing the re-introduction of Aedes aegypti in Europe. Will the Yellow Fever Mosquito colonize the Old World? BioRxiv, 6(04), 133785.

Rodrigues, N. C. P., Lino, V. T. S., Daumas, R. P., Andrade, M. K. N., O’dwyer, G., Moneteiro, D. L. M., Gerardi, A., Fernades, G. H. B. V., Ramos, J. A. S., Ferreira, C. E. G., & Leite, I. C. (2016). Temporal and spatial evolution of dengue incidence in Brazil, 2001-2012. Plos One, 11(11), 1-12.

Santiago, E. A. S., & Landa, G. G. (2022). Perfil epidemiológico de casos de dengue no município de Bom Jesus do Itabapoana-RJ nos anos de 2014 a 2020. Pensar Acadêmico, 20(2), 334-345.

Silva, J. S., Mariano, Z. F., & Scopel, I. (2008). A dengue no Brasil e as políticas de combate ao Aedes aegypti: da tentativa de erradicação às políticas de controle. Hygeia, 3(6), 163-175.

Silva, M. A., & Silva, R. S. (2017). Perfil epidemiológico da dengue no Brasil: revisão integrativa. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Centro Universitário Tiradentes, Recife, Brasil.

Silva, M. E. T. (2020) A evolução da dengue no estado de Santa Catarina, Brasil, entre 2014 e 2019. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Universidade Federal de Santa Catarina.

Sutherst, R. W. (2004). Global change and human vulnerability to Vector-Borne diseases. Clinical Microbiology Reviews, 17(1), 136-173.

Tauil, P. L. (2002). Aspectos críticos do controle do dengue no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 18(3), 867-871.

Viana, B. E. (2020) Limitações e desafios do controle da dengue no Brasil: uma revisão. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, Brasil.

Viana, D V., & Ignotti, E. (2013) A ocorrência da dengue e variações meteorológicas no Brasil: revisão sistemática. Revista Brasileira de Epidemiologia, 16(2), 240-256.

Downloads

Publicado

2023-05-10

Como Citar

Maria de Camargo Pereira, E., Giovane de Oliveira, D. ., César Voltolini, J. ., & Peixoto de Castro, M. . (2023). DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DE INTERNAÇÕES POR DENGUE NO BRASIL DE 2008 A 2020. Revista Univap, 29(62). https://doi.org/10.18066/revistaunivap.v29i62.4379

Edição

Seção

Ciências Biológicas