QUALIDADE DE VIDA EM SAÚDE: AVALIAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO CARCERÁRIA FEMININA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Autores

  • Vera Lúcia Ignácio Molina UNIVAP
  • Mariângela Faggionato dos Santos UNIVAP

DOI:

https://doi.org/10.18066/revunivap.v17i29.22

Resumo

A avaliação foi realizada por meio de uma entrevista e, em seguida, o questionário SF-36 foi respondido por 99 mulheres. Como a abordagem é quantitativa, foram utilizados os recursos disponíveis do Mini-Tab e do teste Qui-Quadrado de Aderência. A dimensão Capacidade Funcional, numa escala de zero a 100, que foi de 26,23, indica que as AVDs e as AIVDs, são igualmente prejudicadas. Os aspectos físicos (6.667) são abalados pelos aspectos emocionais (4.505), sociais (10.051), de saúde mental (8.848) e saúde geral (21.923), e influenciam a dor (6.667). O Estado Geral de Saúde (21.923) revela que as mulheres têm saúde precária. Aprisionadas aumentam as oportunidades de riscos em relação à vulnerabilidade ao estresse, à não satisfação, à fadiga crônica, à ansiedade e à baixa estima. Esses fatores podem vir acompanhados de desconforto emocional significativo e podem aumentar a probabilidade de problemas comportamentais, o que justificaria o baixo índice de Saúde Mental (8,848). O aspecto emocional (4.505) demonstra que elas vivenciaram emoções negativas, levando seus corpos físicos a um estado de estagnação, e, com isso, o surgimento de doenças psicossomáticas torna-se propício. Os Sociais (10.051) não favorecem a sociabilidade no contexto. A dimensão da dor (6.667), embora irrelevante, revela que a qualidade de vida em saúde é insatisfatória, uma vez que são baixos os índices relativos à saúde mental, aos físicos, aos emocionais e à capacidade funcional. A correlação entre capacidade funcional e aspectos físicos e entre os físicos e emocionais é positiva, com significância estatística. A correlação positiva e sem significância estatística foi encontrada nas doze relações realizadas. A correlação negativa, com significância estatística, foi encontrada entre: capacidade funcional e saúde mental; capacidade funcional e dor; aspectos físicos e dor; aspectos emocionais e dor. A correlação negativa e sem significância estatística foi encontrada entre capacidade funcional e saúde geral e capacidade funcional e dor. A qualidade de vida das presidiárias não é saudável, e os domínios mais comprometidos são a saúde mental, o aspecto físico, e o aspecto emocional. Em relação à dor, apresenta-se elevado, mas, quando relacionado às demais dimensões, revela um amortecimento da estrutura afetiva.

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Publicado

2011-08-29

Como Citar

Molina, V. L. I., & Santos, M. F. dos. (2011). QUALIDADE DE VIDA EM SAÚDE: AVALIAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO CARCERÁRIA FEMININA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Revista Univap, 17(29), 99–117. https://doi.org/10.18066/revunivap.v17i29.22

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