ANCESTRALIDADE, COMUNIDADE E DIALOGICIDADE


Autores

  • Emanoel Luís Roque Soares Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Maria Aparecida Lima Silva Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.18066/revistaunivap.v22i39.363

Resumo

A luta por uma educação de qualidade sempre ocorreu no cenário político brasileiro, por meio dos movimentos sociais populares, principalmente, porque a maioria das pessoas afrodescendentes não tinha o privilégio da educação. Como fruto da luta, principalmente do movimento negro, os afrodescendentes foram privilegiados na educação, através da Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003. A desigualdade racial que caminha ao lado da desigualdade de renda foi construída ao longo do processo histórico, político e social do Brasil que, diferentemente, afeta a população branca e negra, mas, de modo particular, os negros nas condições de vida, emprego e escolaridade. Início do Século XXI, período em que a educação afrodescendente começou a ficar em evidência, afinal explodiam os debates, os encontros e os congressos sobre a temática, o Programa Conexões de Saberes, da UFRB, em suas Rodas de Saberes e Formação trazia à tona os saberes populares da região do Recôncavo da Bahia, representados pelos estudantes, suas famílias e grupos de origem, aprendendo com os mais velhos ou aqueles que detêm a memória da região, como as Ialorixás dos terreiros de Candomblé, como os Mestres da Capoeira, como as pioneiras do Samba-de-Roda e na Agricultura de subsistência. O objetivo deste texto é analisar a permanecia de estudantes de origem popular na UFRB com enfoque nas histórias de vida e formação, o instrumento aplicado (entrevistas) possibilitou o diálogo entre os atores da pesquisa e, através das opiniões e atitudes, foi estabelecida uma interface entre os fatos vivenciados e a formação acadêmica.

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Biografia do Autor

Emanoel Luís Roque Soares, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Emanoel Luís Roque Soares é professor de filosofia da educação e filosofia da ancestralidade da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Formação de Professores, Amargosa-BA, também é professor permanente da pós-graduação em educação da UFBA e do mestrado profissional em Historia da África da UFRB. Participa dos seguintes grupos de pesquisa: NÚCLEO DE PESQUISA FILOSÓFICA: EDUCAÇÃO, EPISTEMOLOGIA E POLÍTICA (líder) além do NIHME/UFC e HCEL/UFBA. Tem a seguinte formação: Pós-doutor em Educação Universidade Federal da Paraíba/FACED (2012) Doutor em Educação (2008) Universidade Federal do Ceará/FACED. Mestre em Educação (2004) Universidade Federal da Bahia/FACED. Especialista em Estética, Semiótica, Cultura e Educação (2001): Universidade Federal da Bahia/FACED. Bacharel em Filosofia (1999): Universidade Católica do Salvador. Discuti os seguintes temas: filosofia da ancestralidade, filosofia da educação e formação do professor de filosofia, memoria do negro no Brasil e religiões de matriz africana. Contatos: el-soares@uol.com.br e emares@ufrb.edu.br

Maria Aparecida Lima Silva, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Mestre em Estudos Interdisciplinares Sobre a Universidade-IHAC/UFBA. Especialista em História da África, da Cultura Negra e do Negro no Brasil/UFRB, Especialista em CEPROEJA -Capacitação de profissionais do ensino público para atuar na educação profissional técnica de nível médio integrada ao ensino médio na modalidade educação de jovens e adultos/IFBA. Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Bahia. Atualmente é Técnico-Administrativo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB/Centro de Formação de Professores.

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Publicado

2016-08-09

Como Citar

Soares, E. L. R., & Silva, M. A. L. (2016). ANCESTRALIDADE, COMUNIDADE E DIALOGICIDADE. Revista Univap, 22(39), 70–83. https://doi.org/10.18066/revistaunivap.v22i39.363

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